10 de novembro de 2014
Bilhete para Ángela...
Querida Ángela, soube agora mesmo que Kamu, o homem que você ama, foi encontrado morto nas águas que ele mergulhava.
Kamu morreu onde gostava de viver e estar: no mar...
Ángela, não tenho muito para te dizer. Quer dizer: ter, tenho, mas, não é assim, com palavras escritas neste bilhete impulsivo e desajeitado. Não é aqui: nem agora.
Ángela, querida, você pediu para orar por você. Ángela, este bilhete também é uma prece...
O que tenho para te dizer, te direi com os olhos: quando eu reencontrar teu olhar...
Kamu, o que espero é que sua morte tenha sido doce... Doce, como a música de Dorival Caymmi: “É doce morrer no mar/Nas ondas verdes do mar/
É doce morrer no mar”...
É doce morrer no mar”...