terça-feira, 27 de maio de 2014

| José António Franco |

13 de maio de 2014 







era uma vez uma árvore
ininterrupta e nua
com braços acesos de um verde espantado
envolvi-a em suspiros de peixes desmaiados
e espanquei as palavras
até ao mistério do aroma dos astros

a paisagem derrama-se sobre as trevas do meu corpo
de ramos ofegantes
sem forma nem fronteiras


abril de 1984