13 de maio de 2014
era uma vez uma árvore
ininterrupta e nua
com braços acesos de um verde espantado
envolvi-a em suspiros de peixes desmaiados
e espanquei as palavras
até ao mistério do aroma dos astros
a paisagem derrama-se sobre as trevas do meu corpo
de ramos ofegantes
sem forma nem fronteiras
abril de 1984