terça-feira, 27 de maio de 2014

| Carol Bittencourt |

13 de maio de 2014





Minha melhor amiga me confidenciou, quando eu tinha doze anos, que no rancho do pai dela, tinha uma “pedra do amor” e que se a gente subisse na pedra, fechasse os olhos e fizesse um pedido, ele se realizaria. O rancho ficava nos arredores da pequena cidade onde morávamos e, minutos depois da confidência, já estávamos pedalando em nossas bicicletas, em busca da “pedra do amor”.

Quando enfim chegamos, minha amiga me levou até uma pedra grande e redonda que ficava no centro do rancho, cercada por uma dezena de pedras menores e sem importância para meus olhos de menina, que naquele momento, só conseguia ver, com o coração disparado, a pedra que realizaria meus desejos. 

Respirei fundo e fui a primeira a subir na pedra. Fechei os olhos, pensei no meu namoradinho da escola e pedi que fôssemos “felizes para sempre”... Depois, voltei confiante para casa e posso dizer que vivi “feliz para sempre”, até encontrar, depois de duas semanas, um bilhete dele dentro do meu caderno, terminando nosso namoro.

Bem, não sei o que aconteceu com a “pedra do amor”, se aquele rancho ainda existe ou se ela ainda está por lá, mas preciso confessar que desde então, a cada novo amor, eu ainda me vejo ali, subindo naquela mesma pedra dos meus doze anos, a única diferença é que não peço mais para ser “feliz para sempre”, peço apenas para ser, como se pode ser, feliz...