terça-feira, 5 de maio de 2015

| Marcos Cesário |

25 de abril de 2015



Ela ainda me odeia...




Já fazia algum tempo que eu não a via. Quando me afastei dela: ela gritou um grito de fratura exposta. Ela chorou, me xingou, me insultou: “Você é um filho da puta, insensível e calculista!”.

Quando ela me disse aquelas coisas, chorei, mas, fui embora: eu não a amava mais...
Ontem, depois de tanto tempo: encontrei-a na rua, e, ela, por uns três segundos, me olhou com um desprezo ferido, fingido...

Fiquei desconcertado: não sabia que ela ainda me odiava: não sabia que ela ainda me amava...