terça-feira, 2 de setembro de 2014

| João Manuel Ribeiro |

19 de agosto de 2014




No meu ofício de urdir palavras
- sem rimas nem qualquer medida –
matarei
as palavras
assassinas
as palavras
cortantes
as palavras
punhais
as palavras
espadas
as palavras.


Prometo-te
cortarei os pulsos
às palavras
violentas
como quem decepa
flores ao vento.