terça-feira, 10 de junho de 2014

| José António Franco |

27 de maio de 2014





era uma vez um homem muito pequenino que estava preso nas garras pardas de um grande urso e chegou-se uma galinha pedrês e disse-me cá para fora da história ó pá já estás a relatar as coisas às avessas

não ligo
recomeço

era uma vez um urso enorme que estava preso nas mãos poderosas de um homem muito pequenito e aparece o leocádio que é um bode mal cheiroso e volta-se para mim e diz ai contador contador que dás cabo das histórias todas então tu não vês que não é nada disso que tu estás para aí a escrever abre os olhos e diz a verdade

não ligo 
volto a recomeçar

era uma vez um homem enorme que trazia um ursito pela mão chega a mãe do urso e vira-se para mim de mãos nas ancas e diz vê-se logo que não tens nada que fazer e ainda há quem te aceite essas porcarias que escreves então issosão lá modos de falar do senhor fulgêncio que é tão boa pessoa e do meu filhote carlovino que é um amor de criança

agora estou aborrecido
muito
e já não recomeço porque esta história já deu o que tinha a dar

se cada olho só vê uma listra da zebra de nada vale usar os óculos escuros